Page 25 - Relatório Anual 2020 iCSHG

O projeto Famílias Acolhedoras ofereceu acolhimento familiar para 28 crianças de 0 a 6 anos de idade que
foram afastadas de suas famílias por determinação
judicial, como medida de proteção provisória. O projeto beneficia principalmente a criança acolhida e sua família biológica. Por ter como objetivos principais a melhora da qualidade do acolhimento na primeira infância e a redução das consequências do processo de institucionalização, o programa capacita e acompanha as famílias acolhedoras, enquanto promove uma articulação com toda a rede de serviços de assistência social e de saúde para garantir as condições favoráveis ao retorno da criança à sua família biológica ou extensa. Quando isso não é possível, o serviço acompanha o processo de encaminhamento para a adoção.
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CRIANÇAS ACOLHIDAS POR FAMÍLIAS ACOLHEDORAS
FAMÍLIAS FORMADAS E APTAS A ACOLHER CRIANÇAS (versus 14 famílias em 2019)
“Ser uma família acolhedora no meio de uma pandemia parecia algo distante e difícil de acontecer. Iniciamos a nossa formação em julho de 2020. Devido à urgência decorrente da grande demanda de crianças em situação de vulnerabilidade, a equipe do Fazendo História fez um trabalho muito intenso e profundo de formação ao mesmo tempo em que uniu as novas e as antigas famílias acolhedoras. Hoje fazemos parte de um grupo de 30 famílias
que se apoiam e se entendem com a mesma energia, e esse grupo trouxe muito significado para as nossas vidas. Abrimos a nossa vaga em setembro de 2020 e em poucos dias já estávamos acolhendo um bebê. Ele chegou muito pequeno, mas também muito aberto para receber os nossos cuidados e afeto. Ele se adaptou rapidinho à rotina da casa; e nós, à sua. Foram 68 dias intensos. Curtimos cada momento. Enquanto cuidávamos do pequeno, a equipe fazia um trabalho brilhante com a família dele, além de nos dar todo suporte
e apoio. Guilherme voltou para a sua família biológica, que tanto o ama. Como ficamos? Com nossos braços vazios, mas com o coração cheio de gratidão, realização e esperança de que Guilherme levou com ele um registro de acolhimento e afeto que servirá como matriz para o seu desenvolvimento. Não temos palavras para expressar o quanto somos gratos por esta experiência e por fazermos parte deste lindo projeto chamado Famílias Acolhedoras! Não vemos a hora de podermos ter em nossos braços outra vidinha a ser positivamente impactada por nós e, igualmente, nos impactar.”
Flávia Villar - família acolhedora
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