Page 32 - IPSO FACTO #12 - Novembro 2022

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IPSOFACTO
CONEXÃO
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Buscamos envolver a família, os colegas do Escritório,
plantar essa sementinha importante de pensar no próximo e ter empatia para melhorar a vida do outro. É uma pequena devolução por termos tanto em nossas vidas. Nos sentimos melhores como seres humanos. Sinto realmente que recebo muito mais do que dou, saio renovado
de atuação social. Por isso, digo às pessoas: deem o primeiro passo que um portal vai se abrir e sua vida terá outro sentido. Criamos uma corrente do bem no Escritório, que se estende às nossas casas, às nossas famílias”.
CRIANDO UM CÍRCULO VIRTUOSO
Rodrigo Toaldo já contava com uma rotina de doação em sua vida, tendo trabalhado mais de dez anos coordenando grupos de jovens da igreja. Como gerente administrativo da Unidade de Curitiba, cui- dava das doações. “Tiramos um percentual mensal do faturamento para ajudar instituições, como o Lar Mãe Maria, para quem já doamos uma casa. Temos muito viva essa cultura de doação e sinto orgulho de participar. Você doa seu tempo ou dinheiro e nunca sente falta, parece que vem em dobro ou mais. Quan- do você faz a sua parte, muda algo na sociedade, nem que seja a vida de uma pessoa”.
Ele aponta que há tempos o direcionamento so- cial do GSGA busca ir além de ajudar com recursos, mas também participar ativamente das ações, focar em oferecer oportunidades para que todos possam crescer e melhorar suas vidas, além de buscar desen- volver iniciativas durante o ano, não apenas em datas especiais como o Natal. “Na construção da casa do Lar Mãe Maria, por exemplo, participamos do proces- so, eu ajudei nas negociações, nos finais de semana ia na construção instalar torneira. Foi quando refor- çamos nosso trabalho em campo”, lembra. “É um orgulho quando você vê a casa pronta e as crianças lá. Procuramos estar sempre presentes. No Natal fa- zemos uma festa, nos fantasiamos de Papai Noel ou ajudante. É muito bom sentir o carinho das crianças, uma grande emoção, nos dá forças para o ano todo. Nessas horas você vê o que é o amor verdadeiro, por- que elas não querem só o presente ou o pacote de bala; querem o carinho, estar com a gente. Brigam entre elas para ficar um pouco no nosso colo, brin- cando com o tio ou a tia que está ali”.
Rodrigo Toaldo
A esposa, Suzana de Lima Cristo, que também trabalha no GSGA, participa junto e às vezes os fi- lhos se envolvem, num momento de união familiar. “Buscamos envolver a família, os colegas do Escritó- rio, plantar essa sementinha importante de pensar no próximo e ter empatia para melhorar a vida do outro. É uma pequena devolução por termos tanto em nossas vidas. Nos sentimos melhores como seres humanos. Sinto realmente que recebo muito mais do que dou, saio renovado”.
Para Rodrigo Toaldo, essa participação faz bem para quem ajuda e também possibilita transformar o mundo em um lugar melhor, promovendo a cul- tura do amor em um círculo virtuoso. Por isso, afir- ma, a Organização procura apoiar instituições que ajudam crianças, porque elas podem transformar o futuro.
Ele recorda um momento bastante especial, no último Natal, quando foram levar cestas básicas a fa- mílias que vivem em uma favela junto ao lixão, com uma instituição que desenvolveu um projeto em que as crianças escreveram cartas ao Papai Noel pedindo o que gostariam de ganhar e o grupo buscou atender os pedidos. “Vimos de tudo, crianças pedindo mo- chila para a escola, cesta básica, porque não tinham o que comer”, lamenta. “Nos emocionou bastante uma menina que pediu uma bicicleta e não recebeu, enquanto em outra família duas crianças ganharam bicicletas. Essa menina falou: ‘Tio, eu não estava pe- dindo bicicleta porque queria brincar. Eu pedi porque é uma forma de ir até a minha escola, que é muito longe”, revela, emocionado.
No mesmo momento todos se uniram até encon- trar uma solução e atender o pedido da garota. “Nós damos um pouco de atenção e é tanto o que eles nos retribuem. Um sorriso dessas crianças vale tudo”.
CONTRIBUIR PARA A SOCIEDADE
Anna Lomba sempre sentiu vontade de atuar mais ativamente em ações sociais e não apenas de